Um projeto de refrigeração eficiente não se resume a escolher um equipamento ‘maior’ ou ‘menor’.
A seleção incorreta pode resultar em desperdício de energia, falhas prematuras e ambiente desconfortáveis. Os fatores críticos que garantem o sucesso envolvem cálculo de carga térmica,
dimensionamento correto, eficiência energética e atendimento às normas técnicas
- Cálculo de Carga Térmica
É comum encontrar na internet ‘fórmulas rápidas’ que indicam a potência de um ar-condicionado
apenas pela quantidade de pessoas no ambiente. Embora esse seja um fator relevante, ignorar
outras variáveis compromete totalmente a precisão do projeto.
Um cálculo completo deve considerar: orientação solar e posição da residência/edifício; materiais
de construção; número de pessoas e equipamentos que geram calor; e a renovação de ar
necessária para atender às normas técnicas.
Exemplo prático: Dois ambientes com o mesmo tamanho e número de pessoas podem ter cargas
térmicas completamente diferentes se um for voltado para o sol da tarde e outro estiver em
sombra. - Dimensionamento Correto
Com base na carga térmica, define-se o dimensionamento adequado dos equipamentos. O erro
mais comum é superdimensionar ou subdimensionar o sistema. Superdimensionamento gera
maior custo inicial e consumo elevado de energia. Já o subdimensionamento provoca desconforto
térmico e esforço excessivo do equipamento, resultando em falhas prematuras.
O dimensionamento correto garante que o sistema atenda à demanda com o menor consumo
energético possível. - Eficiência Energética
A escolha da tecnologia impacta diretamente nos custos de operação. Sistemas VRF
proporcionam maior eficiência, modulando a capacidade conforme a demanda. Splitões/Rooftops
têm boa eficiência em áreas grandes quando combinados com renovação de ar. Splits comuns são
adequados para pequenas áreas, mas limitados em eficiência em grandes projetos. - Normas Técnicas e Renovação de Ar
Um ponto muitas vezes ignorado nos cálculos ‘de internet’ é a quantidade de ar externo que deve
ser renovado dentro do ambiente. As normas ABNT NBR 17037 e NBR 16401 são claras: a
climatização não deve apenas resfriar, mas também garantir qualidade do ar interior, controlando
COn, umidade e partículas em suspensão.
A NBR 17037 (2023) define requisitos mínimos de qualidade do ar em ambientes climatizados
artificialmente, enquanto a NBR 16401 estabelece condições de conforto térmico e renovação de
ar em sistemas centrais e unitários. Ignorar a renovação de ar pode até comprometer a saúde
ocupacional e expor a empresa a não conformidades legais.
Conclusão
Projetar sistemas de refrigeração exige mais que cálculos simplificados. É preciso avaliar a carga térmica real do ambiente, o dimensionamento correto dos equipamentos, a eficiência energética e, sobretudo, o cumprimento das normas técnicas que garantem conforto e saúde. Um projeto bem elaborado reduz custos de operação, evita falhas e assegura ambientes mais saudáveis e em conformidade.
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